RUBIACEAE

Declieuxia fruticosa (Willd. ex Roem. & Schult.) Kuntze

Como citar:

; Tainan Messina. 2012. Declieuxia fruticosa (RUBIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

7.016.491,407 Km2

AOO:

2.244,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

Espécie ocorre nos estados de Roraima, Amapá, Pará, Tocantins, Acre, Rondônia, Maranhão, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Alagoas, Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná (Calió, 2012).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador:
Revisor: Tainan Messina
Categoria: LC
Justificativa:

??Espécie endêmica, não ameaçada. Grande extensão de ocorrência, coletada frequentemente. Habita ambientes de montanha variados, predominantemente em campos interiores, como campos rupestres e incluindo áreas queimadas ou pioneiras.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Espécie descrita em Rev. Gen. Pl. 1: 279. 1891.

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Sim

Ecologia:

Biomas: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica
Fitofisionomia: Ocorre em campo Rupestre e Cerrado (lato sensu) (Calió, 2012; Zappi et al., 2009).
Habitats: 1 Forest, 1.5 Subtropical/Tropical Dry, 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland, 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane, 3 Shrubland, 3.5 Subtropical/Tropical Dry, 3.6 Subtropical/Tropical Moist, 3.7 Subtropical/Tropical High Altitude, 4 Grassland, 4.5 Subtropical/Tropical Dry Lowland, 4.6 Subtropical/Tropical Seasonally Wet/Flooded Lowland
Detalhes: Espécie caracteriza-se por subarbustos ou arbustos, terrícolas ou rupícolas, podendo atingir de 0,4-1,5m de altura (Calió, 2012; Pereira; Barbosa, 2006); coletada com flores de Janeiro a Junho, Agosto a Dezembro, com frutos o ano todo (Jung-Mendaçolli; Prazeres, 2007).

Ameaças (4):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Omodelo tradicional da ocupação da Amazônia tem levado a um aumentosignificativo do desmatamento na Amazônia legal, sendo este um fenômeno denatureza bastante complexa, que não pode ser atribuído a um único fator. As questões mais urgentes em termos da conservação e uso dosrecursos naturais da Amazônia dizem respeito à perda em grande escala defunções críticas da Amazônia frente ao avanço do desmatamento ligado àspolíticas de desenvolvimento na região, tais como especulação de terra ao longodas estradas, crescimento das cidades, aumento dramático da pecuária bovina,exploração madeireira e agricultura familiar (mais recentemente a agriculturamecanizada), principalmente ligada ao cultivo da soja e algodão. Esse aumento dasatividades econômicas em larga escala sobre os recursos da Amazônia legalbrasileira tem aumentado drasticamente a taxa de desmatamento que, no períodode 2002 e 2003, foi de 23.750 km2, a segunda maior taxa já registrada nessaregião, superada somente pela marca histórica de 29.059 km2 desmatados em 1995(Inpe, 2004). A situação é tão crítica que, recentemente, o governo brasileirocriou um Grupo Interministerial a fim de combater o desmatamento e apontarsoluções de como minimizar seus efeitos na Amazônia legal (MMA, 2004)(Ferreira et al., 2005).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
A Caatinga é uma das maiores e mais distintas regiõesbrasileiras. Ela compreende uma áreaaproximada de 800.000 km², representando 70% da região nordeste e 11% doterritório nacional. Utilizandosomente as informações do IBGE (1993), estimou-se que a cobertura poratividades agrícolas na região é de 201.786 km². Esta área modificada seestende por praticamente toda a Caatinga. Adicionando a área de impacto dasestradas à área estimada pelo IBGE e considerando a largura do impacto deantropização causado pelas estradas de 1 a 10km, estima-se que as áreasalteradas da caatinga variam de 223.100km² (30,38%) a 379.565 km² (51,68%).Independente da estimativa adotada, uma importante parcela da área da Caatingafoi bastante modificada pelas atividades humanas. Algumas dessas áreas,previamente ocupadas pela agricultura, possuem grande risco de desertificação,exigindo ações urgentes de restauração da vegetação original (Leal etal., 2003).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Agriculture
Adegradação do solo e dos ecossistemas nativos e a dispersão de espéciesexóticas são as maiores e mais amplas ameaças à biodiversidade. A partir de ummanejo deficiente do solo, a erosão pode ser alta: em plantios convencionais desoja, a perda da camada superficial do solo é, em média, de 25ton/ha/ano.Aproximadamente 45.000km2 do Cerrado correspondem a áreas abandonadas, onde aerosão pode ser tão elevada quanto a perda de 130ton/ha/ano. O amplo uso degramíneas africanas para a formação de pastagens é prejudicial àbiodiversidade, aos ciclos de queimadas e à capacidade produtiva dosecossistemas. Para a formação das pastagens, os cerrados são inicialmentelimpos e queimados e, então, semeados com gramíneas africanas, como Andropogongayanus Kunth., Brachiaria brizantha (Hochst. ex. A. Rich) Stapf, B. decumbens Stapf, Hyparrhenia rufa (Nees) Stapf eMelinis minutiflora Beauv. (molassa ou capim-gordura). Metade das pastagensplantadas (cerca de 250.000km2 - uma área equivalente ao estado de São Paulo)está degradada e sustenta poucas cabeças de gado em virtude da reduzidacobertura de plantas, invasão de espécies não palatáveis e cupinzeiros (Klink;Machado, 2005).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Vivemno entorno da Mata Atlântica aproximadamente 100 milhões de habitantes, os quaisexercem enorme pressão sobre seus remanescentes, seja por seu espaço, sejapelos seus inúmeros recursos. Ainda que restem exíguos 7,3% de sua áreaoriginal, apresenta uma das maiores biodiversidades do planeta. A ameaça deextinção de algumas espécies ocorre porque existe pressão do extrativismopredatório sobre determinadas espécies de valor econômico e também porqueexiste pressão sobre seus habitats, sejam, entre outros motivos, pelaespeculação imobiliária, seja pela centenária prática de transformar florestaem área agrícola (Simões, L.L. In Sustentável Mata Atlântica: a exploração deseus recursos florestais, Simões, L.L., Lino, C.F., 2003).

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level
Espécie considerada Rara pela Lista vermelha daflora do Paraná (SEMA/GTZ-PR, 1995).